terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Quem sou Eu perante a Justiça???



Perdoe-me a interrupção, talvez vossa senhoria pretendesse apenas passear e desfrutar a “paisagem”! Não importa, creio que é chegada a hora de uma breve conversa...
Ah, eu me esqueci que ainda não fomos apresentados... Eu não tenho um nome de tradição, se bem que detesto tradições, mas pode me chamar de Sam.


Madame Justiça, este é Sam.
Sam, esta é Madame Justiça.


Olá Madame Justiça!!!


“Olá Sam!!!”


Pronto! Agora já nos conhecemos, e para ser sincero outrora fui um admirador seu e até imagino o que está pensando...


“Oh pobre rapaz, tem uma queda por uma paixão juvenil...!!!”


Perguntava a alguém quem era tal moça de olhos vendados e esta pessoa me dizia com tom irônico: É a Madame Justiça!


E também lembro que ainda assim eu dizia: “Nossa! Como é bela a Madame Justiça!”. (...) Por favor, não pense se tratar de atração física em absoluto. Eu a amava como pessoa, como ideal.


“ O quê?! Que vergonha Sam, traindo-me com uma meretriz de lábios pintados e sorriso vulgar! ”


Eu, madame?!


Permita-me uma correção, foi sua infidelidade que me arremessou aos braços dela!


Ahá! Ficou surpresa não?! Pensou que eu desconhecia suas escapadelas! Tisc, Tisc!


Enganou-se, eu sei de tudo!


Na verdade não me surpreendi quando soube que você flertava com homens de gravata...


“ De gravata? Eu não sei do que está falando. Sempre foi você Sam... O único em minha vida...!”


Mentira!!! Ousa negar que se deixou envolver por eles, com suas contas nas Ilhas Kaiman e “caixas dois”?!


“...”


Ah, o gato comeu sua língua?! 


Foi o que pensei! Muito bem, a verdade foi revelada, você, a justiça dos homens, já não é mais minha justiça!!!


“Snif, snif...Quem é ela, Sam?! Como se chama?!”


Com ela aprendi que não há sentido na justiça sem liberdade. É honesta, não faz promessas e não deixa de cumpri-las como você!


Seu nome é ANARQUIA, e ela me ensinou mais como amante do que você supõe!!! 


Eu costumava a me indagar porque você nunca me olhou nos olhos justiça... Agora eu sei! Por isso adeus cara dama, nossa separação não me entristece, uma vez que não é mais a mulher que eu amei outrora!


As chamas da liberdade... Até hoje eu a desconhecia... Quanta justeza minha preciosa anarquia...


V for Vendeta adaptado







1 comentários:

Charles Bravowood disse...

Rá, uma mirabolante ideia que tive o prazer de reler, sim, eu sei que quem é o V, e posso dizer que de todas as célebres HQ's, essa em especial me furta sentimentos.

Charlie B.

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